Se o Meio é a Mensagem, Agora o Algoritmo é o Novo Meio!

O algorítimo definindo o público!

MARKETING

Miguel Noronha Feyo

11/3/20243 min read

Quando Marshall McLuhan afirmou, décadas atrás, que "o meio é a mensagem", ele capturou a essência de como as tecnologias moldam nossa percepção do mundo. Em 2024, essa frase ecoa de uma forma mais profunda e relevante do que ele poderia imaginar. O que mudou, de forma fundamental, não foi o conceito de "meio", mas sim a natureza desse meio: agora, o algoritmo é o novo meio que transforma e molda as mensagens que recebemos, e, mais importante, como as interpretamos.

Como profissional que está imerso no mundo da transformação digital, com experiência em marketing, vendas e consultoria, testemunhei essa mudança de perto. O impacto dos algoritmos nas interações de mercado não é um conceito abstrato para mim. Tenho visto empresas e estratégias inteiras serem moldadas em torno da ideia de que os algoritmos são hoje os curadores da experiência dos consumidores, redefinindo as fronteiras da comunicação.

Hoje, os algoritmos não apenas distribuem conteúdo, mas também adaptam a forma como ele é exibido, dependendo do comportamento, preferências e interações individuais. Plataformas digitais como redes sociais, serviços de streaming e motores de busca utilizam algoritmos dinâmicos que ajustam e personalizam as mensagens, tornando o meio (a plataforma algorítmica) um agente ativo que molda as percepções e interações de cada indivíduo. O algoritmo, nesse sentido, se torna o "meio", pois é a interface entre o conteúdo e o usuário, criando uma experiência única e adaptada a cada pessoa.

O Poder do Algoritmo em 2024

Na minha experiência, o algoritmo é muito mais do que uma ferramenta de recomendação — ele dita o que consumimos, como nos conectamos e até como tomamos decisões. Quando trabalho em estratégias de marketing digital ou consultoria empresarial, uma das primeiras coisas que avalio é o nível de adaptação da empresa à realidade dos algoritmos. Isso envolve entender que as interações não são mais lineares; são fluidas e moldadas em tempo real pelas respostas que os algoritmos captam e organizam.

Essa personalização algorítmica cria um ambiente onde não somos mais apenas receptores passivos de informações, mas estamos imersos em uma jornada moldada por nossos próprios dados e comportamentos. Tenho visto isso em campanhas que criei ou ajudei a construir. Marcas que realmente se destacam são aquelas que não só entendem o poder dos algoritmos, mas que os utilizam para transformar a experiência do consumidor, proporcionando relevância em cada interação.

Nos últimos anos, em minhas consultorias e treinamentos, ficou claro que o desafio atual não está mais em dominar o conteúdo, mas sim em saber como moldá-lo dentro dos parâmetros do algoritmo. Um exemplo concreto que posso compartilhar é de uma empresa de tecnologia com a qual trabalhei, que estava tendo dificuldades em entender por que suas campanhas não performavam bem, mesmo com um excelente conteúdo. O problema? Elas não estavam otimizadas para os algoritmos das plataformas em que estavam sendo veiculadas.

Quando ajustamos os formatos, o timing e os gatilhos de engajamento para alinhar com os algoritmos das redes sociais, vimos um aumento de 35% no engajamento em apenas dois meses. Essa experiência confirmou algo que venho repetindo: o conteúdo precisa estar adaptado ao meio — e hoje, o meio são os algoritmos.

Autenticidade no Mundo Algorítmico

Em um mercado saturado de informações, a autenticidade é mais importante do que nunca. A forma como você se apresenta, seja como marca ou indivíduo, não pode ser genérica. Eu acredito que a melhor maneira de navegar nesse novo cenário é alinhar a tecnologia com o fator humano. Sempre digo aos meus clientes e parceiros que, por mais avançados que sejam os algoritmos, o fator humano — a autenticidade — ainda é insubstituível. E é aí que a diferença acontece: em se destacar de uma multidão, utilizando a tecnologia para amplificar a sua essência, e não para diluí-la.

Assim como McLuhan previu, o meio continua sendo a mensagem — mas hoje, o meio é um algoritmo dinâmico que se adapta a cada indivíduo de forma única. Em 2024, se você quer ser relevante, precisa entender como esses algoritmos funcionam e, mais importante, como a sua mensagem pode se destacar nesse cenário saturado. Mas nunca se esqueça: a autenticidade continua a ser sua maior vantagem competitiva.

Agora, eu te pergunto: como você está moldando suas estratégias para garantir que sua autenticidade não se perca no ruído gerado pelos algoritmos?

Deixe seus comentários ou compartilhe suas experiências sobre como você está utilizando os algoritmos para alavancar suas estratégias digitais em 2024.